MENINO DO ACRE
Por Zola Xavier da Silveira
Com o Poeta acreano João Augusto Teixeira da Silva
Nos anos em que trabalhei no Banco do Estado do Rio de Janeiro, tive a
felicidade de conhecer o poeta acreano João Augusto. Trabalhamos próximo um ao outro por um bom tempo.
João acumulava a sua labuta diária no banco com o magistério em escola pública no horário da noite. Recebeu uma homenagem em reconhecimento de sua dedicação ao magistério na cidade de Cabo Frio, onde lecionou na rede pública.
Fiz esse poema dedicado a ele, quando ainda em vida.
Menino do Acre
João, querido João
Não há porque deixar de dizer
Que essa homenagem
Que recebes da cidade de Cabo Frio
Não é apenas pra ti
Ela é plural
Para todos os Joões que carregas
contigo
Do menino que veio de terras
distantes
Quando ficava à sombra da Gameleira
vendo o rio Acre passar
O companheiro de luta nos anos de
chumbo
O Professor de escola pública nas
horas noturnas
O timbre de teus passos deixando em
teus rastros
A história que levas nos ombros
Teu peito aberto,
Tua voz de trovão
Teus gestos largos
Amantes, fraternos, eternos
Com esta homenagem
Em uma praça coberta
Acolhedora qual cobertor em noite de
frio
Continuarás assim bem perto
Junto de teu povo
Ao som alegre do porvir
Demonstração de amizade muito bonita.🤩
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