O POVO DO LIVRO DE MARICÁ FOI DESTAQUE NA VI FLIM

 

  Por  Zola Xavier da Silveira

         ABERTURA DA FESTA LITERÁRIA DE MARICÁ 2021 -                Foto: Divulgação PMM


A VI Festa Literária de Maricá que aconteceu de 22 a 31 de outubro, mais uma vez atingiu diretamente milhares de pessoas, em um universo que engloba professores, funcionários e estudantes da rede de ensino municipal; todos receberam vouchers nos valores de 200 reais para professores e 80 reais para os alunos.

Essa ação desenvolvida pela secretaria municipal de educação aconteceu na Praça Tiradentes, em Araçatiba e teve seu desdobramento por todos os rincões do município. Os livros foram fazer moradia em milhares de lares, um estímulo concreto ao hábito da leitura.

Mas a FLIM não ficou somente nos livros; em suas quatro Tendas Temáticas, foram oferecidas diversas atividades abertas à população. Duas delas homenagearam escritores de Maricá, recentemente falecidos, Delcio Teobaldo e Manoel Lago. A primeira contou com apresentações musicais, destacando-se o grupo Olodum Mirim; a segunda foi destinada à palestras e lançamentos de livros, onde foi realizada a roda de conversas em homenagem ao professor Darcy Ribeiro, que residiu em Maricá até seus últimos dias de vida.                                                                                                                                                                               

foto: Divulgação PMM


A secretária de Educação, Adriana Costa, na foto ao lado,  assim resumiu a homenagem: “Hoje comemoramos os 99 anos do mestre Darcy Ribeiro. Um grande brasileiro preocupado com a educação, muito lembrado em Maricá. Darcy acreditava que a educação faz diferença e eu acredito também”. 




Na Tenda dos Saberes aconteceram as oficinas de desenho e contação de histórias. A Tenda FESTART contou com dança, oficina de Cordel e teatro.                             

 

Equipe responsável pela programação das Tendas FESTART, SABERES e do Palco Délcio Teobaldo: Sandra Gurgel, Dilcimeres José da Costa, Fernanda dos Santos e Neuzânia              foto: Zola Xavier

     

O "COLETIVO  POVO  DO  LIVRO" MAIS UMA VEZ COM PRESENÇA MARCANTE

A escritora Natália Lenhard, uma das fundadoras do Coletivo Povo do Livro (CPL), moradora de Itaipuaçu, zona litorânea de Maricá, participa da FLIM desde sua inauguração, em 2013. Ao recordar esse fato comemora: “começamos com seis membros do Povo do Livro, hoje somos trinta e oito, dos quais quatorze estão expondo nesta VI FLIM”.

O CPL  já publicou dois volumes de sua “Antologia de Crônicas e Poesias”, uma coletânea com trabalhos de vinte e oito escritores locais nas duas edições.


                                  Escritora Natalia  Lenhard fala de seus livros - foto: Zola Xavier


                              O historiador Cezar Brum expondo o seu livro  -  foto: Zola Xavier


No espaço reservado ao Coletivo Povo do Livro, tive a oportunidade de encontrar com alguns de seus membros: Nilton Cezar Marins Brum, autor do livro "Contando a História de Maricá"; Natália Lenhard, com suas quatro publicações, "Se um dia eu voltar", "Amor em Flor" e "Duque o Bonachão", história de um cão abandonado dirigido ao público infantil; e meu amigo, escritor Fernando Antonio de Arruda, autor presente com as suas obras, "Terra Inácia", "Mar e Céu" e "Avis Além", que "conta a trajetória de um indígena da tribo de Araribóia que fora enviado à Corte Portuguesa para agradecer ao rei os presentes destinados ao seu cacique...". 

Fui presenteado com um exemplar da "Antologia de Crônicas e Poesias"  do CPL,  com direito à dedicatória de um dos  autores, esse fraterno guerreiro das Letras Maricaenses, professor Fernando Arruda.

      

                                                Zola Xavier e o escritor Fernando Arruda


Os escritores do Povo do Livro guardam a memória de Manoel Lago, escritor gaúcho que residiu em Maricá por  mais de trinta anos, um batalhador desde a 1ª FLIM em 2013, para que os autores locais tivessem o seu espaço de exposição e vendas de suas obras. Gaúcho boa praça, autor do livro "Riacho Doce", chegou ao Rio de Janeiro em 83 e desde então trabalhou com o seu conterrâneo Leonel Brizola. Fez parte da equipe de implantação dos CIEPS dirigida pelo professor Darcy Ribeiro. Vítima da Covid-19 faleceu em 14 de abril de 21.

                                                                                                                                                                      

Manoel Lago na V FLIM - 2013   foto: Marcos Fabrício


                           Manoel Lago autografando seu livro "Riacho Doce" durante a V FLIM


O Museu de Maricá se fez presente nesta edição da FLIM, com uma resumida mostra de seu vasto acervo. 

                                              Fotos: Zola Xavier



 





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