DÉLCIO TEOBALDO SEGUIU VIAGEM
Por Zola Xavier da Silveira *
Durante as filmagens do documentário Caçambada Cutuba, Zola Xavier, Delcio Teobaldo e Toni Nogueira - Guajará Mirim - Rondônia - 2009
Conheci Delcio Teobaldo quando cheguei a Maricá. Foram vários os encontros que tivemos a conversar sobre a vida. Délcio sabia escutar. Coisa para poucos.
Profissional da comunicação, das artes e da cultura de nossos ancestrais africanos. Cineasta, trabalhou na TV Brasil, escrevendo roteiros e dirigindo programas. Atuou nos jornais O Dia e Jornal do Brasil. Etnomúsico, escritor, autor do livro Pivetim, prêmio brasileiro Barco a Vapor, em 2009.
A seu convite o acompanhei a Ponte Nova em Minas Gerais, numa de suas rotineiras excursões a sua cidade natal. Délcio preservava com carinho suas raízes mineiras. Ele dizia que nasceu no Brasil, mas era antes de tudo Mineiro.
Quando, em 2008, contei sobre o trabalho de campo que havia realizado, colhendo informações sobre o atentado político ocorrido na cidade de Porto Velho – RO, em setembro de 1962, quando uma caçamba da prefeitura invadiu um comício da Frente Popular, ferindo e matando um sem números de vítimas, Délcio de pronto, a queima roupa, falou que tínhamos que fazer esse trabalho. E assim foi feito.
Foram mais de dez dias de intenso trabalho, percorrendo as ruas de Porto Velho, dirigindo as filmagens do documentário "Caçambada Cutuba – a história que Rondônia não escreveu". Délcio deixou bons amigos em Rondônia, dentre eles as artistas plásticas Rita Queiróz, Margot Paiva, o escritor Antonio Serpa do Amaral, o ativista cultural Carlinhos Maracanã e o memorialista Anísio Gorayeb.
Recentemente, conversamos sobre o trabalho “Do Congo ao Guaporé”, um musical baseado na saga dos afrodescendentes que chegaram ao Vale do Guaporé. Essa parceria ficou na prateleira.
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Conheci Délcio Teobaldo aqui? M Porto Velho nas filmagens do documentário Caçambada cutuba.
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