A FARSA DO MAKETING ENGANOSO DO MANIFESTO DOS PRESIDENCIAVEIS DA DIREITA
A FARSA DO MAKETING ENGANOSO DO MANIFESTO DOS
PRESIDENCIAVEIS DA DIREITA
Por Altamir Pettersen
O manifesto divulgado pelo sexteto dos presidenciáveis do centro direito
peca pela forma, conteúdo e objetivo. O texto documento é mais que cauteloso, é
tímido e débil. Faltou coragem ao sexteto, embora afirmem que a democracia é o
melhor dos sistemas políticos que a humanidade foi capaz de criar, os
signatários do documento não tiveram a coragem de fazer qualquer referência ao
governo do presidente Bolsonaro, que, reiteradamente pratica violações a
democracia. Além de fraco e tímido, o documento espanca a língua pátria com o
uso da palavra “intimidamento”. A principal característica do documento é a
ausência. Um documento com a pretensão de defender a democracia e “unir forças
políticas no mesmo palanque” deixa de ser amplo quando não conta entre seus
signatários com as assinaturas de Guilherme Boulos, Marcelo Freixo, Fernando
Haddad, Marina e o ex presidente Lula. A partir dai o documento passa a ser
visto como uma manobra de marketing com o propósito não de defesa da
democracia, mas uma mera tentativa de sinalizar para a possibilidade de união
do centro direita com um candidato único. Possibilidade que jamais será
efetivada, pois Ciro Gomes será candidato e somente haverá candidatura única se
os demais signatários apoiarem o candidato de Carlos Lupi, que domina o partido
pedetista e abandonou o ideário de Leonel Brizola. Outro propósito dos
signatários do documento seria a formação de uma terceira via para evitar a
polarização Lula X Bolsonaro. Propósito impossível. No Brasil, ao contrario da
maioria dos países nunca se concretizou uma identidade partidária a direita. No
Brasil não há partido liberal, conservador, de centro ou democrata cristão. No
Brasil a disputa partidária e eleitoral se dá entre petismo de um lado e
antipetismo de outro. Tem sido assim desde 1989, 1994, 1998, 2002, 2006. 2010,
2014 e 2018. E assim será em 2022. A consciência democrática de Ciro Gomes não
o impediu de voar para Paris para não votar contra Bolsonaro no segundo turno
de 2018. É bom lembrar ainda que o coronel Ciro Gomes afirmou, na época que
Bolsonaro não oferecia risco à democracia. Os demais signatários, João Doria,
Eduardo Leite, Luciano Huck, João Amoedo e Henrique Mandetta todos votaram em
Bolsonaro contra o PT. Luciano Huck já revelou, em vídeo: “No PT, eu jamais
votei e jamais vou votar”. Depois de ler o documento dos presidenciáveis da
direita, faço a pergunta a todos, Qual será o voto dos signatários do documento
caso o segundo turno de 2022 for disputado entre Bolsonaro contra Lula ou um
outro candidato da esquerda.
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